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Privacidade x Inteligência Artificial x Regulação de Marketplaces x Oportunidades

Como equilibrar esses conceitos em um cenário de inovação e transformação digital?

Você já comprou ou vendeu algo em um marketplace? Se sim, você sabe que essas plataformas digitais que conectam vendedores e compradores de produtos ou serviços são cada vez mais populares e diversificadas. Segundo a Ebit/Nielsen, o faturamento dos marketplaces no Brasil cresceu 56% em 2020, alcançando R$ 87 bilhões. Além disso, existem marketplaces para os mais variados segmentos, como moda, eletrônicos, livros, alimentos, turismo, educação, entre outros.

Mas você já parou para pensar como esses marketplaces usam a inteligência artificial para oferecer uma experiência mais personalizada, ágil e eficiente para os usuários? E como eles garantem a privacidade e a segurança dos dados pessoais que são coletados, tratados e compartilhados nessas plataformas? E como eles se adaptam às normas e regulamentos que visam proteger os direitos e interesses dos consumidores e dos fornecedores?

Neste artigo, vamos abordar essas questões e mostrar como a privacidade, a inteligência artificial e a regulação de marketplaces estão relacionadas e podem ser equilibradas em um cenário de inovação e transformação digital, mais as oportunidades nessa área. Acompanhe!

Como a inteligência artificial é usada nos marketplaces?

A inteligência artificial (IA) é a capacidade de máquinas ou sistemas de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, como reconhecer padrões, aprender, raciocinar, decidir e resolver problemas. A IA pode ser aplicada em diversas áreas e setores, trazendo benefícios como otimização de processos, redução de custos, aumento de produtividade, melhoria de qualidade, entre outros.

Nos marketplaces, a IA é usada para diversas finalidades, como:

– Recomendação de produtos ou serviços: a IA analisa o perfil, o histórico e o comportamento de compra dos usuários e sugere itens que sejam do seu interesse, aumentando as chances de conversão e fidelização.

– Precificação dinâmica: a IA monitora a demanda, a oferta, a concorrência e outros fatores do mercado e ajusta os preços dos produtos ou serviços de forma automática e em tempo real, maximizando os lucros e a competitividade.

– Atendimento ao cliente: a IA utiliza chatbots, assistentes virtuais e outras ferramentas de comunicação para interagir com os usuários, tirar dúvidas, resolver problemas, dar feedbacks, entre outros serviços, de forma rápida, eficaz e humanizada.

– Detecção de fraudes: a IA verifica a autenticidade e a confiabilidade dos dados cadastrais, das transações financeiras e das avaliações dos usuários, identificando e prevenindo fraudes, golpes, falsificações, entre outras irregularidades, garantindo a segurança e a reputação dos marketplaces.

Esses são apenas alguns exemplos de como a IA é usada nos marketplaces, mas existem muitos outros. A IA pode trazer vantagens competitivas e diferenciais de mercado para essas plataformas, mas também pode gerar alguns desafios e riscos, especialmente no que diz respeito à privacidade dos dados pessoais.

Como a privacidade dos dados pessoais é afetada nos marketplaces?

A privacidade dos dados pessoais é o direito que as pessoas têm de controlar o uso e o compartilhamento das suas informações pessoais, que podem identificá-las ou torná-las identificáveis, como nome, CPF, e-mail, endereço, telefone, entre outros. A privacidade dos dados pessoais é um direito fundamental, previsto na Constituição Federal e na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que entrou em vigor em setembro de 2020.

Nos marketplaces, a privacidade dos dados pessoais é afetada de diversas formas, como:

– Coleta de dados: os marketplaces coletam uma grande quantidade e variedade de dados pessoais dos usuários, tanto para o cadastro e a realização das compras ou vendas, quanto para a personalização e a melhoria dos serviços oferecidos. Esses dados podem incluir informações sensíveis, como dados bancários, hábitos de consumo, preferências, localização, entre outros.

– Tratamento de dados: os marketplaces tratam os dados pessoais dos usuários, ou seja, realizam operações como armazenamento, processamento, análise, classificação, enriquecimento, entre outras, com o auxílio da IA. Essas operações podem gerar novos dados, que nem sempre são transparentes ou compreensíveis para os usuários, como perfis, scores, segmentações, entre outros.

– Compartilhamento de dados: os marketplaces compartilham os dados pessoais dos usuários com outras partes envolvidas na plataforma, como vendedores, compradores, parceiros, fornecedores, prestadores de serviços, entre outros. Esses dados podem ser usados para diversas finalidades, como marketing, publicidade, pesquisa, entre outras, nem sempre com o consentimento ou o conhecimento dos usuários.

Essas formas de afetação da privacidade dos dados pessoais nos marketplaces podem trazer alguns benefícios para os usuários, como conveniência, praticidade, agilidade, entre outros, mas também podem trazer alguns riscos, como violação, vazamento, uso indevido, discriminação, entre outros. Por isso, é importante que os marketplaces respeitem os direitos e os deveres previstos na LGPD e em outras normas e regulamentos que visam proteger a privacidade dos dados pessoais.

Como a regulação de marketplaces pode contribuir para a privacidade dos dados pessoais?

A regulação de marketplaces é o conjunto de normas e regulamentos que visam estabelecer os direitos e os deveres dos envolvidos nas plataformas digitais que conectam vendedores e compradores de produtos ou serviços, como consumidores, fornecedores, intermediários, entre outros. A regulação de marketplaces pode abranger diversos aspectos, como tributação, concorrência, responsabilidade, qualidade, entre outros.

Um dos aspectos mais relevantes da regulação de marketplaces é a privacidade dos dados pessoais, pois envolve a proteção de um direito fundamental dos usuários e a garantia de uma relação de confiança e transparência entre as partes. 

A regulação de marketplaces pode contribuir para a privacidade dos dados pessoais de diversas formas, como:

– Estabelecer princípios e regras para a coleta, o tratamento e o compartilhamento de dados pessoais nos marketplaces, como finalidade, necessidade, adequação, consentimento, transparência, segurança, entre outros, conforme previsto na LGPD e em outras normas aplicáveis.

– Definir responsabilidades e sanções para os agentes que violem a privacidade dos dados pessoais nos marketplaces, como advertência, multa, suspensão, bloqueio, eliminação, entre outras, conforme previsto na LGPD e em outras normas aplicáveis.

– Promover boas práticas e padrões de qualidade para a proteção da privacidade dos dados pessoais nos marketplaces, como certificações, selos, códigos de conduta, entre outros, que possam orientar e incentivar os agentes a adotarem medidas eficazes e adequadas.

– Fomentar a participação e a conscientização dos usuários sobre a privacidade dos dados pessoais nos marketplaces, como informação, educação, orientação, fiscalização, denúncia, entre outros, que possam empoderar e proteger os usuários.

Essas são algumas formas de como a regulação de marketplaces pode contribuir para a privacidade dos dados pessoais, mas existem outras. A regulação de marketplaces pode ser um instrumento para equilibrar os interesses e os direitos dos envolvidos nas plataformas digitais, sem prejudicar a inovação e a transformação digital.

Oportunidades

Existem diversas oportunidades de carreira dentro do contexto de privacidade, inteligência artificial e regulação de marketplaces. Algumas delas são:

Analista de privacidade e proteção de dados: é o profissional responsável por avaliar os riscos relacionados aos dados sensíveis, ajudando as empresas a desenvolver procedimentos para tratar essas informações de maneira adequada. Esse profissional deve ter conhecimentos sobre a legislação vigente, como a LGPD, e sobre as melhores práticas de segurança da informação. Segundo o LinkedIn, essa é a profissão mais procurada no Brasil em 2023.

Engenheiro de machine learning: é ele que cria soluções de software que permitem resolver um problema de negócio com base em modelos preditivos ou prescritivos. Esse profissional deve ter habilidades em programação, matemática, estatística e visão de negócio. Segundo o World Economic Forum, essa é uma das carreiras promissoras para os próximos anos.

Engenheiro de dados: é o profissional que coleta, armazena, processa e distribui os dados de forma eficiente e escalável. Esse profissional deve ter conhecimentos sobre bancos de dados, arquitetura de dados, pipelines de dados e ferramentas de big data. Segundo a Tera, essa é uma das carreiras que estão em destaque no mercado.

Analista de mercado: faz pesquisas de mercado para entender o perfil do consumidor e poder traçar estratégias de comunicação e venda. Esse profissional deve ter habilidades em análise de dados, marketing, pesquisa e planejamento. Segundo a Forbes, essa é uma das carreiras que podem explodir com a inteligência artificial.

Essas são apenas algumas das possíveis carreiras dentro desse contexto, mas existem muitas outras que podem ser exploradas. O importante é estar sempre atualizado e buscar qualificação contínua nessa área.

Conclusão

Em conclusão, a privacidade, a inteligência artificial e a regulação de marketplaces são conceitos que estão interligados e que podem ser equilibrados em um cenário de inovação e transformação digital. Os marketplaces podem usar a inteligência artificial para oferecer uma experiência mais personalizada, ágil e eficiente para os usuários, mas devem respeitar a privacidade dos dados pessoais que são coletados, tratados e compartilhados nessas plataformas. Por outro lado, existe grande demanda de profissionais para atuar dentro desse contexto.

Equipe Carreiras Top

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